Oportunidade

terça-feira, 16 de junho de 2009

Atos Secretos - Senado vai quebrar sigilo

de O Estado de S.Paulo
Ex-diretor é alvo de processo por suspeita em empréstimos
O Senado instaurou processo administrativo e vai quebrar o sigilo telefônico, fiscal e financeiro do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi, suspeito de participar de um esquema de intermediação e cobrança de propina para autorizar o oferecimento de empréstimos consignados para os servidores da Casa.
Assinado pelo primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), o ato que instaurou o processo foi publicado no Boletim de Pessoal do Senado, na última sexta-feira. O processo disciplinar permitirá a quebra dos sigilos. Zoghbi já é alvo de um inquérito da Polícia Federal.
O ex-diretor, segundo investigações preliminares, teria operado por meio da Contact - empresa que tem como sócia Maria Izabel Gomes, de 83 anos, ex-babá de Zoghbi. Ela teria sido usada como laranja. A Contact recebeu pelo menos R$ 2,3 milhões do Banco Cruzeiro do Sul, uma das instituições conveniadas.
A ação do Senado foi criticada pela defesa do ex-diretor de Recursos Humanos. Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, a medida serve para tentar retirar o Senado da berlinda por causa da edição em escala industrial de atos secretos que beneficiaram com cargos e elevações de salário apadrinhados e parentes do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e outros parlamentares.
“Em um momento em que há uma crise disseminada no Senado, abre-se uma investigação sem uma reflexão maior como se fosse para dar uma resposta”, disse Castro. “É uma falta de critérios que mostra que a investigação está sem rumo”, afirmou.
Na avaliação de Castro, o processo não se justifica porque Zoghbi já foi denunciado por três crimes pela Polícia do Senado, além de ser investigado pela PF. “É preciso estabelecer quem vai investigar o Zoghbi. Não é assim, abrindo-se várias frentes, que se faz uma investigação. E se chegarem a uma conclusão divergente, quem estará certo?”
O processo pode resultar em punições que variam de demissão à perda da aposentadoria por Zoghbi, que deixou o cargo de diretor de Recursos Humanos em 13 de março.
Autor: André Raboni - 16/06/09 às 8:51

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