Oportunidade

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ele quer emplacar o termo "erro técnico"

por Leandro Cólon e Rosa Costade O Estado de S.Paulo
O termo “ato secreto” não deve predominar no relatório final da comissão instalada para tratar dos boletins administrativos mantidos sob sigilo pela Casa nos últimos anos. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pressiona para que haja uma explicação que diminua o estrago político causado pela revelação de que há decisões sigilosas na Casa. Prefere que o texto final admita que alguns documentos foram feitos sob sigilo, mas outros com “erro técnico de publicação” ou “publicação deficiente”.
A solução evitaria um mal-estar para o próprio senador, que era presidente do Senado em quatro dos 15 anos investigados pela comissão - 1995 a 1997 e 2003 a 2005. E também acalmaria o líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), que presidiu a Casa entre 2005 e 2007. Os dois são os principais responsáveis pelo crescimento do poder de Agaciel Maia na Diretoria-Geral, período em que os atos secretos se multiplicaram. Entre os beneficiados, estão um neto e duas sobrinhas de Sarney e afilhados políticos de Renan em Alagoas.
A porta-voz de Sarney na comissão que analisa esses atos é Doris Peixoto, diretora-geral adjunta do Senado e ex-chefe de gabinete de Roseana Sarney (PMDB-MA). O grupo de trabalho, que inclui mais dois servidores, encerraria o trabalho na madrugada de hoje para entregá-lo ao primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI). Ele está em São Paulo, onde se submeteu a cirurgia na sexta-feira.
Na quarta-feira, o senador afirmou que os documentos são considerados “atos secretos”, discordando do próprio Sarney. Naquele dia, o presidente do Senado adotou o discurso de “boletins suplementares”. Agora, quer emplacar o “erro técnico”.
Autor: André Raboni - 16/06/09 às 8:45

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