Oportunidade

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sarney não renuncia

Sarney não aceita acusações e reafirma que não renuncia

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), 79 anos, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que não cometeu erros ao indicar parentes para cargos na Casa e disse que não vai renunciar. Em meio a uma série de denúncias a respeito de desvios administrativos no Senado, Sarney alegou suspeitar de sabotagem interna. "Não descarto essa hipótese. Até porque falam dos atos secretos, mas só aparecem os meus. Não tenho provas", afirmou.Em relação ao recebimento de R$ 3.800 de auxílio-moradia por mês, Sarney reafirmou não ter percebido que ganhava o benefício e disse que vai devolver os valores. "Vou ressarcir. Está em estudo como é que se deve proceder. Isso será um gesto pessoal." Em relação aos colegas, afirmou que ninguém está obrigado a fazer a devolução. "Eles estão usufruindo benefício que é extensivo ao funcionário público de maneira geral."Sobre a contratação de seu neto por meio de um ato secreto pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), Sarney disse que tudo ocorreu à sua revelia. "Se ele tivesse me consultado, teria sido o primeiro a dizer não", disse o presidente do Senado à Folha.Em relação aos atos secretos que nomearam duas sobrinhas de Sarney, empregadas em gabinetes de senadores, de Roseana Sarney (PMDB-MA) e de Delcídio Amaral (PT-MS), o presidente do Senado afirma que, no caso de Roseana, pode ter havido uma "armação". Já no caso de Delcício, Sarney confirma o pedido de contratação."Do Delcídio, eu realmente pedi a ele, uma sobrinha da minha mulher, funcionária de carreira do Ministério da Agricultura, mudou-se para Mato Grosso do Sul, pedi que ela fosse requisitada para trabalhar no gabinete dele. Eu acho que não tem nenhum erro em ter feito esse pedido a ele", disse.Sarney afirmou ainda que, apesar de haver muitas falhas na administração do Senado, sua conduta deveria ser julgada "com mais respeito". "Sou o parlamentar mais antigo neste País. Estou fazendo um esforço grande na minha idade", disse. Sarney acredita que a política brasileira vive um período de crise da democracia representativa. "Há uma tendência de buscar uma democracia direta. Tudo aponta nesse sentido."Por fim, Sarney afirmou que pretende continuar no cargo. "Minha vida foi sempre feita de desafios. Vou exercer até o fim."

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