Oportunidade

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Bira do Pindaré não espera nada do Governo Roseana e diz que aceita ser candidato em 2010


Com informações do blog do Robert Lobato

O blog segue a sua série de entrevistas especiais com as principais lideranças de oposição. Hoje é bancário, dirigente nacional do PT, ex-candidato a senador nas eleições de 2006 e ex-assessor especial go governo Jackson Lago, Bira do Pindaré.
Econômico em algumas questões apresentadas, Bira afirma que a cassação foi um golpe à democracia e que isso deve-se à fragilidade do nosso sistema político. Falou da participação do PT no governo desposto e entende que o PT, embora não tivesse ocupado postos de destaque nno governo, deu grande a construção dos fóruns populares.
O petista disse também que o seu nome é uma possibilidade para a disputa do Processo de Eleição Direta do PT, o PED, como candidato à presidente do partido. “Sou coletivo ‘Luta Solidária’, que tem Manoel da Conceição como sua principal referência. Esse grupo já lançou meu nome na discussão”, garante.
Quanto aos seu planos para as eleições de 2010, Bira afirma apenas que o resultado que obteve quando disputou uma vaga para o Senado em 2006 o credencia para novas lutas nesse sentido. “Com o resultado que obtivemos nas últimas eleições [2006], creio que estamos credenciados para essa disputa.”
O blog ainda entrevistará outras lideranças do campo das oposições. Ainda estamos aguardando as repostas da entrevista encaminhada aos deputados Domingos Dutra (PT) e Flávio Dino (PC do B), e já está enviando também ao presidente do PSDB Roberto Rocha e ao deputado Julião Amim, presidente do PDT. Abaixo, íntegra da entrevista com Bira do Pindaré.

Sou um soldado das grandes causas”
O que significou para você a cassação do governador Jackson Lago?
Esse episódio revela toda a fragilidade do sistema político brasileiro. Significa que em matéria de democracia ainda estamos engatinhando. Foi um golpe contra a democracia.
Você acredita que poderia ter havido um outro desfecho para o processo que não a cassação?
Claro que sim. Para tanto seria necessário conquistar uma blindagem popular mais intensa, a exemplo do que ocorreu com o Lula quando enfrentou a crise do mensalão. Isso não se consegue somente com mobilizações, é resultado diretamente proporcional a assimilação das ações de governo por parte do povo. Veja, por exemplo, o caso de Imperatriz e região. Até hoje, a aprovação do governo Jackson por lá é superior a 80%.¼br /> A cassação desarticulou a oposição ao grupo José Sarney?
Eu diria que fragilizou, afinal de contas, perdeu-se um governo em torno do qual havia fortes expectativas.
Qual a opinião do senhor sobre a condução do processo de cassação feita pelo governo? Houve erros?
Tenho poucos elementos para fazer esse tipo de abordagem. Ficou evidente, entretanto, que um advogado como o ex-ministro Rezek deveria ter atuado desde o início do processo e não apenas nos finalmentes.
Como você avalia o governo Jackson Lago?
Para quem trabalhou com a faca no pescoço, com aliados nem sempre fiéis e enfrentando uma oposição que perdeu o governo sem perder o poder, sobretudo na república, considero que o governo alcançou resultados além da conta. Estradas, Escolas, Hospitais, a experiências dos fóruns populares… Avançou em muitos pontos. Por outro lado, a forma de conduzir a greve dos professores e o tratamento dispensado a alguns aliados, especialmente nas eleições de 2008, foram erros que prejudicaram muito o governo.
E a participação do PT, você considera que o partido conseguiu dar uma boa contribuição ao governo?
Creio que sim, apesar de não termos ocupados postos de destaque. Eu, por exemplo, que não estive no primeiro escalão e nem ocupei cargo de chefia, tenho orgulho do esforço que fizemos, por meio da Assessoria Especial, na construção dos fóruns populares. Foi a primeira experiência dessa natureza no âmbito do governo estadual. Visitamos e reunimos com lideranças populares em mais de 100 municípios e ajudamos a viabilizar quatro grandes encontros da sociedade civil com o Governo do Maranhão. Ao final, o governador assinava uma carta de compromissos com as regiões, que passavam a ser monitoradas com a participação direta do povo organizado nos fóruns. Foi algo muito interessante.
Há, no PT, quem diga que o partido não foi contemplado com espaço proporcional a sua importância. Você concorda com essa avaliação?
Bira: É como falei anteriormente, ficamos na periferia do governo, não ocupamos o núcleo de comando. Isso é um fato. Mas foi uma experiência importante e necessária.
Este ano haverá eleições internas no PT. Você é candidato a presidente do partido?
Faço parte de um coletivo interno no PT, chamado “Luta Solidária”, que tem Manoel da Conceição como sua principal referência. Esse grupo já lançou meu nome na discussão e já está articulando uma chapa com outras correntes internas. Esperamos ampliar. Não faremos restrições. Queremos repactuar as relações internas por meio de um projeto político que contemple o máximo de petistas.
Vamos falar um pouco sobre São Luis. Como o senhor está vendo a administração do prefeito João Castelo?
Ainda não vi. Até aqui não há diferenças marcantes e foi muito estranho a forma de tratamento dispensada à vice, Helena Duailibe do PSB. Não deu pra entender. O que ela fez de errado? Não sei.
A Coligação Unidade Popular, formada pelo PC do B e o PT, liderada pelo deputado Flávio Dino nas eleições de 2008, move uma ação no TRE parecida com a que o grupo o Sarney moveu para cassar o governador Jackson Lago no TSE. Qual a sua opinão sobre essa ação do PC do B e do PT?
Bira: Enquanto não houver uma reforma política séria no país, iremos conviver com esse tipo de coisa. Mas considero legítima a ação. Se há indícios que comprometem o pleito é preciso que haja investigação e punição. Seria importante, entretanto, que o Ministério Público fosse mais atuante nessas questões e que o STF decida logo sobre quem deve assumir um governo, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, em caso de cassação. Sou absolutamente contra que o 2º colocado tome posse, como ocorreu no caso do governador Jackson Lago. Isso fere de morte a democracia e a soberania do voto popular. Sou a favor de novas eleições.
Você é membro do diretório nacional do PT. Hoje há petista participando e apoiando ao atual governo do PMDB do senador José Sarney. Como você avalia essa questão?
Bira: O Diretório Estadual já decidiu sobre isso determinando a instauração de processo disciplinar via comissão de ética. Não considero correto que dirigentes partidários assumam cargos em governo sem autorização do Partido. Zé Antônio é totalmente livre e pode participar do governo que quiser. Entretanto, como dirigente do partido, o mais adequado seria que ele, no mínimo, se afastasse das funções partidárias.
Há os que defendem punição, não somente para o atual secretário do Trabalho, José Antônio Heluy, mas para dirigentes que apóiam publicamente o governo Roseana Sarney.
Bira: Cada caso é um caso. Não devemos chegar ao ponto de cercear o direito de opinião dos indivíduos. O que não pode e não deve é falarem ou agirem em nome do partido sem autorização.
Na sua opinião, que posição que o PT deverá ter em relação a 2010? Há algum nome que pode unir as forças anti-Saney numa ampla aliança para as eleição do ano que vem?
Bira: Penso que é cedo para se falar em nomes. A posição do PT deve refletir sua coerência com a sua história no Maranhão e no Brasil. Logo, sou da opinião que devemos priorizar o diálogo com os partidos do campo democrático e popular, nossos tradicionais aliados, aqueles com os quais sempre tivemos.
Você coloca o seu nome à disposição da oposição para concorrer ao governo do estado?
Bira: Nossa prioridade é eleição ao senado. Com o resultado que obtivemos nas últimas eleições, creio que estamos credenciados para essa disputa. Entretanto, sou um soldado das grandes causas. Se esse for o entendimento da maioria do meu partido, respeitarei a decisão e toparei a parada.
O que o senhor espera do governo Roseana Sarney?
Bira: Como não votei nela e pelas circunstâncias em que assumiu, sinceramente, não espero nada.

NESTE SIM, UM JOVEM, NA VERDADE, GRAÇAS A DEUS, O JOVEM E A MULHER TEM SIDO O RESPONSÁVEL PELAS GRANDES MUDANÇAS NESTE PAÍS.

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