Oportunidade

quinta-feira, 23 de abril de 2009

AGORA É MODA, EMPOSSAR DERROTADO, ... GOLPE NA VONTADE DO ELEITOR...

'Posse de segundo colocado é golpe na vontade do eleitor'

No próprio jornal dos Sarney
Jornalista Miriam Leitão condena ‘tapetão’ imposto pelo TSE no país
Em sua coluna Panorama Econômico, publicada na edição de ontem em diversos jornais, inclusive em O Estado do Maranhão, jornal da família Sarney, a jornalista Míriam Leitão faz um desabafo, revelando sua indignação pelo fato de o Tribunal Superior Eleitoral estar tomando a decisão de empossar candidatos derrotados no lugar dos governadores eleitos. Para a jornalista, a interpretação da Justiça eleitoral “é a subversão do princípio da linha sucessória, e um golpe na vontade do eleitor”. Leia abaixo a íntegra da coluna:
Panorama EconômicoDéficit democrático
A democracia brasileira está funcionando muito mal. Prova disso é a estranha decisão do Judiciário de que o não eleito seja empossado nos governos dos estados. Para se ter uma ideia do grau de esquisitice, é como se, no impeachment do Collor, o vice Itamar Franco tivesse sido afastado também, e Lula fosse empossado. Nos casos de vacância, há caminhos constitucionais que não a posse do derrotado.
Dois governadores perderam o cargo, outros seis aguardam julgamento. Ao fim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) podem criar a grotesca situação de ter oito derrotados assumindo os cargos para os quais não foram eleitos. A interpretação da Justiça eleitoral é a subversão do princípio da linha sucessória, e um golpe na vontade do eleitor.
Mesmo sem considerar os méritos do caso maranhense, mesmo sem levar em conta a declaração do governador deposto Jackson Lago de que é estranho “no Maranhão falar em abuso de poder contra os Sarney”, ainda assim, a posse da governadora Roseana Sarney é uma decisão espantosa. O entendimento torto está virando jurisprudência, porque houve anteriormente o caso da Paraíba.
Imagine que a Justiça considere que houve abuso de poder nas muitas vezes em que o presidente Lula misturou o cargo de presidente com a campanha para reeleição em 2006. Se ele fosse afastado, o que aconteceria? O vice tomaria posse. Mas imagine que a Justiça considere que o vice foi beneficiado pelo mesmo processo que elegeu o titular. Quem assumiria? O derrotado Geraldo Alckmin? Se a Justiça fizesse isso, seria um desrespeito à vontade popular que se manifestou majoritariamente em favor da reeleição. O que aconteceria seria a posse do presidente da Câmara, e, no impedimento deste, o presidente do Senado, e, na falta deste, o presidente do Supremo. É a linha sucessória normal. Goste-se ou não dos atuais ocupantes dos cargos.
Nos estados não pode ser diferente: é governador, vice, presidente da Assembleia, presidente do Tribunal de Justiça. Outro caminho poderia ser a convocação de novas eleições. Mas a posse do derrotado, jamais!
A presunção da Justiça Eleitoral para tomar a decisão é que a irregularidade permitiu um número tal de votos a mais para o infrator e que isso o levou à vitória. Ora, a Justiça não tem como presumir qual percentual de votos decorre de uma irregularidade. Portanto, se a eleição está viciada, siga-se a linha sucessória.

FONTE:http://www.jornalpequeno.com.br/2009/4/23/Pagina105814.htm

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