REGULAMENTAÇÃO DE MOTOTAXISTAS EM QUESTÃO

BRASÍLIA - Flávio Emir Adura, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) condenou a intenção de regulamentação da atividade de mototaxistas, enumerando os riscos e as desvantagens dessa medida para a proteção da vida. Ele, porém, manifestou a posição favorável da Abramet à regulamentação da atividade de motoboys apenas para o transporte de produtos ou prestação de serviços, desde que os motociclistas estejam equipados com instrumentos de proteção, como coletes retro-refletivos e antena anticerol.
Flávio Emir citou o grande número de acidentados e de amputados em função do exercício da profissão, informando que existem dados demonstrando que os acidentes de motos matam 16 vezes mais que os acidentes com automóveis. Do total, acrescentou, 70% dos acidentes com motos são fatais e os demais causam lesões graves. "Se o transporte de pessoas for liberado, o benefício vai ser inferior aos riscos", afirmou.
De mesma opinião, João Bosco Mendonça, representante da Frente Nacional dos Prefeitos, criticou o intento de liberação do transporte de pessoas feito por mototaxistas. Ele apontou dois pontos nevrálgicos para sua posição contrária: a falta de segurança do transporte, o que gera mais acidentes e mortos, e o não cumprimento de normas de higiene, com o uso de um mesmo capacete por várias pessoas, o que facilita a transmissão de doenças infecciosas.
Ambos expuseram suas posições aos senadores da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), durante audiência pública que discute projeto de lei propondo a regulamentação da atividade de motoboys e mototaxistas.
Fonte: Agência Senado